- The Brazilian Critic
#TBT: Vale Tudo
Com a paralisação das gravações de novelas e séries na televisão brasileira, as emissoras estão tendo que driblar a falta de conteúdo com reprises na sua grade principal. Prática familiar para algumas redes da televisão aberta, mas algo inédito para a TV Globo, que nunca havia reexibido conteúdo nas suas três faixas de dramaturgia simultaneamente (quatro, se você considerar “Malhação”).
Mas a volta de novelas não foi um artifício utilizado somente para a televisão. O Globoplay, canal de streaming da emissora, está disponibilizando quinzenalmente folhetins de sucesso na íntegra desde maio, começando com “A Favorita” (2008) de João Emanuel Carneiro.

A trama da vez é “Vale Tudo”, produção originalmente exibida entre 1988 e 1989 pela Globo e com autoria de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères. Ainda atual e cheia de elementos relevantes para a sociedade, “Vale Tudo” é considerada por muitos como a novela mais influente da televisão brasileira, retratando a hipocrisia e as dualidades do país, colocando em pauta temas como corrupção, ganância, homossexualismo e alcoolismo.
A disputa entre mãe e filha é o elo principal da trama, trazendo performances únicas de Glória Pires e Regina Duarte. Mas além disso, o folhetim é recheado de personagens icônicos, com atuações memoráveis de Renata Sorrah, Antonio Fagundes, Reginaldo Faria, Cássio Gabus Mendes, Claudio Correa e Castro, Lidia Brondi e Sergio Mamberti. “Vale Tudo” também nos premiou com uma das maiores vilãs da teledramaturgia: Odete Roitman, interpretada pela saudosa Beatriz Segall.
